quarta-feira, 29 de julho de 2015



Meus amigos estão ficando meio loucos, não sei se é algo na água ou crise de meia idade.
Um deles entrou em parafusos e além da variação de humor muda o visual mais do que o Robert Smith e o Bowie.

No sábado, um se casou, com uma ex-namorada (que havia voltado a ser atual).

Ele foi traído por ela e por outras, um dos casos eu vi e contei, por isso meu espanto quando soube que tinham reatado. Claro que houve chacota por parte dos amigos e estava entre eles (Provavelmente, foi por isso que não fui convidado).

Em meio a produção das artes dessa semana, pensei sobre isso. Não fiquei chateado por não ter sido convidado, até por que a lembrança que tenho dele é de nos dois, madrugada adentro, sentados numa das praças de Salinas. Faltavam poucos minutos para pegar o ônibus e voltar a rotina de trabalho e estudos, mas queria ficar por causa da farra. Ele virou para mim "isso aqui é tudo ilusão, você pode voltar sempre que quiser, mas o que você têm lá é realidade e isso é alicerce".

Terminamos de beber, peguei meu ônibus, infelizmente o ferry estava lotado e acabei perdendo trabalho, mas enquanto voltava para casa com o vento batendo no rosto, lembrava das palavras inesperadas que ouvi.

Em meio as relações complicadas do mundo contemporâneo, traição me parece tão clichê.

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