quinta-feira, 30 de julho de 2015



Tenho praticado escrita. Minha meta é ser objetivo e intrigante ao retratar coisas aparentemente cotidianas.

Gosto de tirar algo crível das situações caseiras. Mas minha principal fonte são as pessoas na rua.

Como disse um barbudo, "sair de casa já é se aventurar", a máxima ganha tons de verdade ao observar transeuntes.

Ontem por exemplo, esperava o ônibus, quando subiu um fumacê fedorento, atrás de mim, uma velha que vende churrasquinho, acabará de acender o carvão, usando óleo diesel e plastico. Fiquei cheirando a loló sem entender por que ela fez aquilo. 

Já a caminho da faculdade, o motorista foi se aproximando do ponto, várias pessoas faziam sinal. Com velocidade bastante reduzida, ele grita "VÃO ME XINGAR HOJE DESGRAÇA", pisa no acelerador. As pessoas xingavam e jogavam pedras, mas sem efeito pois foram pegas de surpresa.

Hoje me programei para o show do Baiana System, marquei com 2 amigos, um deles iria comprar os ingressos. 

Nos encontramos e resenhamos na porta por umas três horas, quando íamos entrar, o que havia comprado os ingressos, revelou que comprou apenas dois. 

Ingressos esgotados, cambistas vendendo a 80 reais e meus amigos indecisos. Vendi os dois (os ingressos, não os amigos), ganhei o triplo, tomei uma cerveja e voltei para casa, arrependido de não ter ido, eu mesmo, comprar com antecedência.

Música do dia: https://www.youtube.com/watch?v=kcuVvryU9QA

quarta-feira, 29 de julho de 2015



Meus amigos estão ficando meio loucos, não sei se é algo na água ou crise de meia idade.
Um deles entrou em parafusos e além da variação de humor muda o visual mais do que o Robert Smith e o Bowie.

No sábado, um se casou, com uma ex-namorada (que havia voltado a ser atual).

Ele foi traído por ela e por outras, um dos casos eu vi e contei, por isso meu espanto quando soube que tinham reatado. Claro que houve chacota por parte dos amigos e estava entre eles (Provavelmente, foi por isso que não fui convidado).

Em meio a produção das artes dessa semana, pensei sobre isso. Não fiquei chateado por não ter sido convidado, até por que a lembrança que tenho dele é de nos dois, madrugada adentro, sentados numa das praças de Salinas. Faltavam poucos minutos para pegar o ônibus e voltar a rotina de trabalho e estudos, mas queria ficar por causa da farra. Ele virou para mim "isso aqui é tudo ilusão, você pode voltar sempre que quiser, mas o que você têm lá é realidade e isso é alicerce".

Terminamos de beber, peguei meu ônibus, infelizmente o ferry estava lotado e acabei perdendo trabalho, mas enquanto voltava para casa com o vento batendo no rosto, lembrava das palavras inesperadas que ouvi.

Em meio as relações complicadas do mundo contemporâneo, traição me parece tão clichê.